Outubro Rosa: Reflexões sobre o medo
Ultimamente se tornou comum falar sobre a questão do câncer, como se ele tivesse subido seu patamar de audiência, embora pesquisas demonstrem que o Brasil está entre os países que menos número de pacientes com câncer possui.
Mas, independente das pesquisas, o que realmente conta é o medo gerado por esta doença. Tanto que muitas pessoas se negam a dizer câncer, dizem fulano está com “CA”, como se ao mudar o nome, também mudasse o impacto gerado.
Durante décadas, ter um diagnóstico de câncer era como receber uma sentença de morte. E, como tudo que nos causa medo, não conseguimos lidar com isso.
Óbvio que o tratamento do câncer ou do “CA” não é algo fácil, seja para o paciente ou para a família. Mas, será que não deveríamos usar este mês para falarmos sobre o nosso real medo? A perda da pessoa querida? O medo de ver a pessoa que gostamos passar por um sofrimento que nos gera um sentimento tão forte de impotência? Sobre o quão difícil é esta impotência e este medo? Que é normal sentir o desespero, a angústia e o próprio medo neste momento?
Precisamos aceitar estes sentimentos e com eles, as sequelas geradas como o afastamento, o abandono, a fuga, o “olhar de dó” que criamos em relação outro.
Quero te convidar a olhar para esta dor, esta impotência e a angústia que este diagnóstico traz, para poder criar possibilidades de acolhimento àqueles que foram e estão sendo diagnosticados.
Após esta aceitação, podemos ajudar quem passou ou está passando por esta fase a encontrar soluções, seja de tratamento, alimentação ou sistêmica.
Segundo Bert Hellinger – criador da Constelação Familiar Sistêmica – o câncer é uma doença de amor, aonde alguém se sacrifica, assumindo a doença por outro membro da família. Pensando desta forma, será que a cura se dará pela pessoa que assumiu o câncer ou pela família que busca entender no seu sistema quem realmente está doente?
Já o Ho’oponopono diz que qualquer doença ou situação que vivemos nada mais é do que a materialização de uma questão interna, que quando resolvida internamente se resolve externamente.
Este artigo tem como objetivo levantar pontos para serem sentidos, analisados e questionados.
Você já havia parado para pensar sob essa ótica?
Qual é o seu ponto de vista sobre este momento?
Qual é o seu papel neste sistema?
Você é quem assumiu a doença?
Você é quem dá suporte?
Quem está tentando assumir a doença pelo outro ou quem abandonou o doente por não conseguir lidar com o medo da morte/ perda?
Independendo de que papel você está ocupando, qual o caminho que você quer seguir a partir de agora?
Bem-vindo (a) as reflexões deste Outubro Rosa!