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Equilíbrio entre dar e receber

Estamos no mês em que comemoramos o Dia dos Namorados e com isso, partimos do princípio de que esta data seja realmente importante e frustrante para muitas pessoas.

Por que o relacionar-se gera tantas frustrações? Se eu te amo e você me ama, porque necessariamente nossa relação não flui e há tantos jogos envolvidos, tantas mágoas, tantas dores?

Por que não podemos somente amar e, sendo amados, termos o direito de usufruir desta relação e viver num “mar de rosas”?

Por que tantas pessoas, apesar de estarem se relacionando, não estão realmente felizes ou sentindo-se amadas e seguras na relação?

Podemos responder as estas perguntas com diversas explicações! Por exemplo, na Constelação Sistêmica Familiar, Bert Hellinger diz que “para que haja equilíbrio em uma relação, o dar e receber devem estar em equilíbrio”.

O que significa isso no nosso cotidiano? Significa que quando alguém dá alguma coisa para o outro, o outro o recebe ou o toma para si o que foi dado e quem recebe retribui este dar com outra coisa; ou seja, eu recebi, eu te dou algo – não em troca – mas, pelo desejo de equilibrar a relação.

Por exemplo: Eu assumo o namoro com alguém e, para equilibrar, ele também assume e abre seu coração dizendo que me ama. Eu por minha vez também assumo meus sentimentos e coloco no Facebook que estou num relacionamento sério. E assim por diante.

Quando pensamos em um relacionamento amoroso, em que há o amor, há uma disponibilidade de ambos em dar e receber, como no exemplo acima. Esta troca, gera compromisso e segurança.

Quando você dá algo para alguém, automaticamente, quem recebe fica em dívida com quem deu, até que quem recebeu dê algo em troca e, a partir daí, a relação se reequilibra e se harmoniza.

Porém, se quem recebeu nada dá em troca, essa dívida não se formaliza e o compromisso também não. Aqui começa o desequilíbrio. Muitas pessoas acham que se derem muito ao outro, em algum momento, a pessoa irá reconhecer e retribuir. E quando isso não ocorre, começam todas as dores e sofrimentos de uma relação sem comprometimento ou troca.

Por exemplo: Eu digo que amo e o outro diz que não está pronto. Eu coloco no Facebook que estou num compromisso e ele ignora.

Isso gera ainda que, quem recebe e nada dá em troca, em algum momento perde quem dá; assim como quem sempre dá, sem nunca receber em troca, também perderá quem somente recebe.

O amor, para que se torne forte e tenha comprometimento, necessita que quem dá, possa receber um pouco mais de quem recebeu, para que haja a troca na relação e o equilíbrio. Quem recebe demonstra sua gratidão por ter recebido dando um pouco mais de volta, do que recebeu. E quem recebeu de volta sente-se tão agradecido que dá um pouco mais de volta e com isso cria-se uma cadeia crescente de trocas, amor e comprometimento.

Assim, o amor se expande, traz a harmonia e a alegria esperadas de um relacionamento amoroso.

Quando não há a troca, o relacionamento vai esvaziando até morrer.

Neste momento talvez, você possa reavaliar seus relacionamentos e se questionar: Como estão as relações de troca nas suas convivências afetiva, profissional, social ou familiar? Há trocas ou somente o sacrifício de um pelos outros? 

Você conhece esta lei do dar e receber?

Ou você foi criada acreditando que quanto mais desse, mais receberia num futuro distante e vive na frustração de nunca receber? E vive hoje na insegurança de não ter um compromisso?

Se esta for a sua situação, não seria hoje um bom momento para que você pudesse começar a pensar sobre isso?

E pensar, não é tomar uma atitude dramática de começar a cobrar o outro e justificar usando esta lei da Constelação Sistêmica. Mas sim, avaliar o que sente, pensa ou acredita sobre você e sobre seu merecimento em ser amada (o), ter o direito de ser amada, de criar um compromisso profundo com alguém e ser valorizada.

Quais são os modelos ou crenças que você recebeu dos seus pais, amigos, religião e cultura sobre merecimento, permissão, amor e compromisso?

O que hoje não está mais adequado a sua vida? Quais são os sacrifícios que você precisa rever e talvez remover da sua vida?

Ou você conhece esta lei e a aplica no seu cotidiano e colhe os frutos do amor, da segurança e comprometimento nas relações?

O objetivo deste texto é trazer à conscientização de que mesmo nos relacionamentos, há leis que os regem e que precisam ser respeitadas para gerar uma relação mais profunda e afetiva.

Se você quiser sabe mais sobre a técnica de Constelações Sistêmicas, clique aqui ou nos mande suas percepções/comentários.

Feliz mês do Amor!

Abraços,
Regina Silva

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