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Constelação para Filhos

Quando fazer ou não fazer uma constelação para uma criança?

Quais os benefícios?

O que implica fazer esta constelação e como fazê-la?

A constelação trabalha com as questões ligadas ao inconsciente, da mesma forma que ocorre com os adultos, essas questões, muitas vezes não conseguem ser resolvidas com auxílio médico, como crianças com TDAH, ou que passam a sentir muito medo, ou a regredir a partir do nascimento de um irmão, ou que começa a ter comportamentos agressivos.

E como funciona a constelação? Como já dito em outros posts, a Constelação é uma técnica terapêutica, não uma terapia, que visa reorganizar o sistema dentro do inconsciente. Dessa forma, o cliente não consegue sabotar, pois a constelação vai mostrar o que está no inconsciente dele, aquilo que ele não vê, não enxerga, que muitas vezes nem se quer se dá conta.  Esse primeiro momento, de leitura, já nos dá muitos insights e já nos permite entender por que estamos vivendo algumas situações, porque e por quem estamos repetindo algumas situações.

Quando uma criança nasce, ela vem depois, sem o relacionamento dos pais, ela não existiria

A escolha de ter filhos pertence aos pais. Na relação com os pais, estes são os grandes e os filhos são os pequenos, independente da idade. Isso significa que o que ocorreu entre os pais, as escolhas, desistências, sacrifícios e relações cabem a eles. Como filho, não se pode assumir o papel ou responsabilidade nem do pai, nem da mãe. Não existe dor maior para uma criança do que escolher entre um dos pais, porque a criança é uma fusão dos dois. As crianças não podem ser responsáveis por tomar decisão pelo casamento dos pais, ou decidir qual dos dois é certo ou errado. Quando um filho ocupa o lugar do pai, dizemos que está emocionalmente casado com a mãe e como essa pessoa vai poder estar aberta para se relacionar, e disponível para sua própria vida, se já possui essa condição emocional? Os filhos sempre serão os pequenos na relação com os pais, mesmo quando os pais precisarem de cuidados, forem idosos, os cuidados ainda têm que ser ofertados enquanto filhos, e não como mãe ou pai dos próprios pais. Uma menina que tomou conta dos irmãos a vida toda e ocupou lugar de mãe na vida deles, será que quando chegar sua vez ela irá querer ter seus próprios filhos ou já estará cansada de ter sido mãe por tanto tempo quando não lhe cabia.

Quando um filho começa a julgar um de seus pais, ele já saiu de seu papel, porque está se colocando no local de grande, que pode julgar, quem somos nós para condenarmos o que vieram antes? Quando a criança adoece para permitir que os pais não precisem olhar para seu próprio casamento, ou por que é a única maneira de ser vista? Essas são situações muito danosas e que ferem muito.

É necessário observar, enquanto filhos como reagimos aos nossos pais e os pais, perceberem como estão agindo esses filhos. Se meus filhos conseguem seguir a vida deles, com suas próprias preocupações ou estão sempre preocupados comigo, com meu casamento. Ou se eu percebo no meu filho atitudes do meu parceiro e o excluo por causa disso, fazendo com que essa criança se sinta inadequada. Para fazer uma Constelação paras os Filhos, é necessário que aquele pai ou mãe, renuncie ao papel de vítima ou de perseguidor, e permita que aquele ser que ele(a) gerou possa viver só seu próprio destino e não precisa estar atrelado ao seu. Quando os pais olham para os filhos e lhes dão essas permissões, suas vidas ficam mais fáceis, podem se sentir mais adequados, mais amados, mais pertencentes.

Não existe um momento certo especificamente para fazer a constelação de um filho(a)

Apenas costumamos evitar fazê-la com mulheres grávidas, devido a grande quantidade de energia com a qual se mexe. Muito comumente se procura Constelação para os Filhos quando ocorrem dificuldades na escola, mas a escola é diretamente afetada com a nossa relação com nosso pai, isto porque, ele é o primeiro terceiro na nossa vida, e quando não nos é permitido interagir com ele, reproduzimos essa desorganização do sistema na escola. Também é necessário haver tranquilidade para cair, para errar, pois se sabe que os pais estarão lá para auxiliar, para ajudar, para segurar, dar a mão ao filho. Os filhos são repetições dos pais, viemos deles, parecemos com eles e quando não aceitamos isso, mais repetimos seus piores traços. Essa é a Lei Paradoxal da Mudança, “quanto mais eu nego algo, mais essa coisa se torna forte”. Então quando falamos da escola, temos que analisar como o está o sistema familiar dessa criança, se ela não é vista em casa, não será vista na escola, se você não tem o seu lugar na sua família, como terá em qualquer outro lugar? E isto que inicia na escola, migrará para outros lugares, relacionamentos interpessoais sempre estarão permeados por estas dificuldades que trazemos de nosso sistema, assim como o profissional. Quando se fala para uma criança que está tudo bem ela fazer o que ela quiser, que o destino dela é diferente do meu e que irei respeitar as decisões dela, se dá a possibilidade de ela escolher ser o que ela realmente quer ser. E somente os pais podem nos dar permissão para sermos que nós realmente somos, que o modelo deles é para eles, e que não precisa servir para nós.

Quando não olhamos nosso sistema e não o trabalhamos, seja para nós ou para nossos filhos, nós repetimos as crenças, os padrões, os modelos de relacionamento e de casamento, só que isso, não necessariamente é bom para nós. Não é que tudo seja culpa de nossos antepassados, mas o ser humano, enquanto ser social aprende por repetição, o nosso cérebro, portanto, identifica o que é conhecido como seguro e o que é novo ou diferente, como perigoso. É como se armazenássemos as informações como se fossem fotos e toda vez que se recebe uma nova informação, uma nova vivência, se compara com a foto que foi recebida da família, se essas fotos se encaixam, entendemos que aquilo é seguro, se não se encaixa, considero perigoso, isso explica o porquê tantas mulheres que viram suas mães terem relacionamentos abusivos, serem agredidas, acabam casando-se com companheiros que também são agressivos. Por isso também que temos medo quando pensamos em um cargo que nunca ocupamos, ou um lugar que nunca fomos. Os pais, portanto, que dão as noções do que é seguro ou não, e quando falam aos seus filhos que tudo bem se eles forem além do que os limites traçados pela família, essa pessoa tem permissão, de mesma forma, quando isso não ocorre, essa pessoa fica presa e limitada. Os pais oferecem para os filhos, o que também receberam, é essencial que os pais se libertem para que possam libertar seus filhos.

Ao fazer uma Constelação para os Filhos, tanto o seu, quanto o sistema dos filhos fluirão de uma forma mais leve.

É importante honrar o sacrifício dos antepassados, porque só desfrutamos das coisas que desfrutamos e somos quem somos hoje, devido ao sacrifício deles, entretanto, isso não significa que temos que repetir suas vidas e seus sacrifícios, nem nós, nem nossos filhos, pois não existe mais motivo para isso. Não é porque eu não pude fazer uma certa faculdade, que meus filhos têm que fazê-la por mim. Fazemos a Constelação para os Filhos, para nos libertar e libertá-los. Assim, eles nunca precisarão escolher entre o pai ou a mãe, e sim, poderão viver seus próprios destinos, poderão ser inteiros. Quando eu não consigo dar essa permissão, porque não a recebi, eu tenho filhos acorrentados ao meu sistema e a mim. Viver nosso próprio destino é uma forma de honrar aqueles que vieram antes e que não puderam viver seus próprios destinos, para que hoje eu possa. Sempre entendendo que nossos destinos são diferentes, porque eu vivo em outra época, vivo outra história e outro propósito. É isso que fazemos pelos nossos filhos quando os libertamos, damos um lugar para eles nos nossos corações, assumimos a responsabilidade pelas nossas escolhas e não exigimos que eles tenham que ocupar lugares que não lhes cabem.

Criar uma vida, ser responsável por uma vida é extremamente difícil. Tenho que ter um filho porque eu quero e não por mais ninguém. Porque tenho muito amor para dar e não para ele segurar meu casamento ou ser o alicerce ou sentido da minha vida. A Constelação para os Filhos quebra essas crenças, essas fantasias e essas mentiras, porque os filhos nós criamos para o mundo, mas será que nós fomos criados para o mundo? Será que ainda não precisamos nos libertar para sermos do mundo, vivermos e aproveitarmos o mundo? Sem esquecer o passado, sem esquecer de onde viemos e sem esquecer aquilo que nos dá sentido e força para caminhar.

O filho não é responsável pela sua carência, pelas suas frustrações, pela sua dificuldade financeira e o filho não é responsável por você ter decidido ter um filho. E quanto mais leve isso for para você e para o seu filho, mais fácil é a vida para vocês, porque não precisam viver no sacrifício ou presos em jogos psicológicos. Reflita um pouco sobre a sua relação com seus filhos e se é possível melhorar, quem sabe uma Constelação possa ser indicada.

Lembre-se que só evoluímos quando conseguimos olhar para nossas feridas, para podermos curá-las!

Abraços,
Regina Silva

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Constelação para Filhos

Quando fazemos uma Constelação para nossos filhos, estamos dando a permissão inconsciente para eles viverem seus próprios destinos, sem estarem presos às nossas histórias ou relações.

Os filhos só são livres quando os pais se permitem serem os grandes na relação, e eles os pequenos; quando a relação dos pais é totalmente assumida por eles mesmos, os filhos podem olhar para sua própria realidade: a escola, os amigos, suas construções futuras.

Fazer uma constelação para os filhos é um ato de amor, de permissão e liberdade de escolha.

E quando o pai honra a mãe no filho e a mãe honra o pai no filho, ou seja, ambos aceitam que o filho pode ser parecido com o pai ou mãe, essa permissão fortalece o filho.

Quando um filho começa a julgar um de seus pais, ele já saiu de seu papel, porque está se colocando no local de grande, que pode julgar, quem somos nós para condenarmos o que vieram antes? Quando a criança adoece para permitir que os pais não precisem olhar para seu próprio casamento, ou por que é a única maneira de ser vista? Essas são situações muito danosas e que ferem muito.

Ao fazer uma Constelação para os Filhos, tanto o seu, quanto o sistema dos filhos fluirão de uma forma mais leve.

É importante honrar o sacrifício dos antepassados, porque só desfrutamos das coisas que desfrutamos e somos quem somos hoje, devido ao sacrifício deles, entretanto, isso não significa que temos que repetir suas vidas e seus sacrifícios, nem nós, nem nossos filhos, pois não existe mais motivo para isso. Não é porque eu não pude fazer uma certa faculdade, que meus filhos têm que fazê-la por mim. Fazemos a Constelação para os Filhos, para nos libertar e libertá-los. Assim, eles nunca precisarão escolher entre o pai ou a mãe, e sim, poderão viver seus próprios destinos, poderão ser inteiros. Quando eu não consigo dar essa permissão, porque não a recebi, eu tenho filhos acorrentados ao meu sistema e a mim. Viver nosso próprio destino é uma forma de honrar aqueles que vieram antes e que não puderam viver seus próprios destinos, para que hoje eu possa. Sempre entendendo que nossos destinos são diferentes, porque eu vivo em outra época, vivo outra história e outro propósito. É isso que fazemos pelos nossos filhos quando os libertamos, damos um lugar para eles nos nossos corações, assumimos a responsabilidade pelas nossas escolhas e não exigimos que eles tenham que ocupar lugares que não lhes cabem.

A Constelação para filhos tem 2 horas de duração, sendo realizada com a presença do pai ou mãe da criança (até os 15 anos a Constelação pode ser realizado pelos pais, com ou sem a criança), porém crianças pequenas (até 10 anos não participam), ou através de uma plataforma virtual, para quem preferir a modalidade online, da própria Dra. Regina e uma assistente.

Neste período será trabalhada a família de origem:
• antepassados, pai, mãe, irmãos, abortos, adoções, 1/2 irmãos;
• emocional e afetivo;
• religiões e países de origem dos antepassados;
• relação com escola, amigos ou cuidadora.
• questões relacionadas a saúde da criança
• dificuldades de aprendizagem
• imaturidade emocional

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